Manual da Solteirice-Relacionamentos Amorosos em uma Visão Feminina!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O que não fazer na casa da peguete - Parte 1 | Manual da Solteirice


Hoje vou ensinar para os príncipes de plantão como se comportar na casa das peguetes quando vocês já evoluíram para aquele estágio do relacionamento em que você está dormindo na casa dela. Existem coisas cruciais, que podem ser um tiro no pé na conquista pela amada, então vou enumerar aqui algumas coisas que ficam chatas quando se quer passar uma boa impressão. Só que no meio disso eu me lembrei de uma historia muito perturbadora que aconteceu comigo quando eu fui tentar fazer isso, então para não ficar um post muito comprido e cansativo de ler, ele será dividido em duas partes: hoje, eu conto a história e amanhã posto as dicas de fato, enumeradas e com aquelas imagens legais que já são padrão por aqui. Bora lá?
Eu passei os últimos anos da minha vida morando fora da casa de meus pais. Como fiz faculdade fora, fui obrigada a morar em república e como vocês sabem, republicas são ambientes bacanas onde pode acontecer tudo e mais um pouco. Teve um tempo sombrio onde morei sozinha num castelo, mas vamos focar na história. Nos primeiros anos de faculdade, morei em uma republica que montei com minhas colegas de sala. Infelizmente todo mundo brigou uma vez, e cada uma foi pra um canto. O fato é que antes da briga toda acontecer, quando o castelo vivia em harmonia, nós nos divertíamos MUITO juntas. E, como toda republica feminina que se preze, nós tínhamos como vizinhos uma república masculina (que é essencial tipo para trocar lâmpadas, matar insetos, serviços de marcenaria e é claro, festinhas improvisadas).
O que acontecia era que cada uma de nós tínhamos um ficante na republica vizinha (também muito normal nesse ambiente). Em um fim de semana em que coincidentemente nós 3 íamos ficar na cidade, e os nossos paqueras também, decidimos fazer um programa mega-combo-casal na república deles : filminho com pipoca e é claro bebidas. Na verdade o que aconteceu foi que a gente baixou lá pra assistir filme e depois voltamos com os travesseiros pra dormir (achando aquela ousadia O MÁXIMO. Eu devia ter lá para os meus 19 anos na época). Todo mundo bebeu, todo mundo chapou, todo mundo falou besteira, todo ficou bêbado e lá para o finzão da noite, cada casal foi dormir num quarto. Aí que começou o terror, pelo menos pra mim.  De manhãzinha do sábado, umas 6h ou 7h, eu acordo com uma dor de barriga daquelas que você acorda suando em bicas, daquelas que dão até enjoo.
É isso mesmo, não estranhem ver uma historia dessas no meu blog só porque ele tem o layout roxo e fala de príncipes, princesas e castelos. A única princesa que não faz cocô é a princesa Sandy e Júnior. Bom, voltando a minha história, acordei naquela situação tenebrosa e o pior: não estava com a chave de casa, que era do lado. A chave estava com alguém, em algum quarto. E eu sinceramente não estava na situação nem com tempo de ficar acordando todo mundo pra achar a bendita chave. Pensei numa solução drástica, para a situação drástica: a casa tinha 2 banheiros, um no corredor dos quartos e um dentro de uma suíte de um dos quartos. Com toda minha inteligência, pensei  em ir no banheiro da suíte, pois se alguém acordasse logo depois de mim, seria um mistério quem usou aquele banheiro. Bom, fui lá e, passei de princesa para rei no trono por alguns instantes. Isso mesmo, violei a regra número 1 de convivência pacifica da casa do peguete: fiz numero 2 na REPUBLICA do cidadão.
E não, isso não é o pior da história. Quando fui dar a descarga,a surpresa: ela estava quebrada.
A partir desse momento foi desespero total. Eu já previa todo mundo acordando logo menos, vendo o presentão no vaso sanitário e tirando sarro da minha cara. Já via meu apelido na faculdade sendo mudado para “CAGONA”.  Já via a história correr de boca em boca. Já ouvia os cochichos quando eu entrasse na sala de aula. Já via minha imagem sendo denegrida por uma dor de barriga. Não. Eu não podia deixar. Comecei a bater, a socar a descarga, que por algum motivo o botão estava duro não “entrava pra dentro”. Comecei a ficar desesperada.
Então, silenciosamente, como uma agente secreta, saí do banheiro da suíte e fui caçar a minha guarda costas naquela época. Entrei no quarto que ela estava e acordei-a (com todo o cuidado de não acordar o par dela) e consegui sabe lá deus como trazer ela pra fora do quarto sem o cidadão acordar. Quando ela saiu do quarto, a primeira coisa que eu falei foi : “FULANA, FUDEU”. Ela começou a rir e isso me deu MUITA raiva. Mas eu já tinha todo um plano na cabeça, aprendido com minha avó: uma de nós iria até o lado de fora da casa buscar um balde para encher com água da pia e jogar no vaso, simulando assim uma descarga, e a outra ficava tomando conta do presentão na porta da suíte. Mandei-a ir lá, mas ela disse que nem ferrando ia ficar “sentindo cheiro do cocô dos outros” (a expressão usada por ela foi pior mas não vamos ficar entrando nesses detalhes, não é?). Então partiu a dupla para a missão: o único problema era: estávamos trancadas dentro da casa e novamente sem sinal da chave. Para desgraçar mais ainda a situação já passava das 8h da manhã, e as chances de alguém chegar/acordar aumentavam a cada instante.
E minha amiga achava aquela situação engraçadíssima, e segurava a todo instante o riso diante de meu desespero e isso me deixava mais desesperada ainda. Fomos achar a chave da porta da frente sei lá aonde. Eu sai de pijama pelo portão da frente, andei pela rua para dar a volta na casa e entrar pelo portão dos fundos para enfim encontrar a área de serviço e achar um balde. O único balde que eu encontrei estava todo QUEBRADO e ainda por cima havia uma MEIA VELHA dentro dele. A meia estava seca e grudada lá no fundo do balde. Como diz o velho ditado, a cavalo dado não se olha os dentes então peguei esse balde mesmo e sai correndo para terminar com essa historia de uma vez. Sem mais delongas, voltamos pra dentro da casa, e saímos correndo em direção à suíte. Ao passar o banheiro principal do corredor, minha amiga fala:
“Ô solteirinha, esse banheiro aí que você fez a obra, não é o do corredor?”
“Não, fulana, é o da suíte!”
“Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh” disse ela, rindo mais ainda.
Passou a minha frente e entramos no quarto (o cheiro já infestava o quarto lindamente) entrou no banheiro e fez algo mágico com a descarga que PAH. A descarga funcionou. Aparentemente tinha um macete pra usa-la, que minha amiga descobriu no decorrer da noite, pois também havia feito numero 2 lá. Eu juro por Deus e pelos sete mares que eu seria capaz de tirar a roupa, dançar pelada naquela hora e construir uma estátua de ouro e cristais swarovski da Fulana para enfeitar a república por todo o sempre. Foi tipo, um dos momentos mais mágicos da minha vida. Literalmente na merda, fui salva pelo gongo.
Essa história tornou-se uma lenda na republica. Todas as meninas ficaram sabendo: as que moravam, as que vieram depois e provavelmente as que estão lá hoje. Fui motivo de chacota durante muito tempo. Se você não quer virar motivo de piadinhas entre as amigas da garota ou entre seus próprios amigos como foi meu caso, fique ligado no post de amanhã, onde eu vou contar direitinho como causar uma boa impressão no castelo da princesa. Até breve!

Um comentário: